Benvenuto

Bem vindos ao humilde palácio literário desta humilde autora, que pode não ser imortal, mas tem a mania de renascer das cinzas de vez em quando. Fique a vontade para entrar em qualquer cômodo ou em qualquer texto, por favor só não alimente os monstros dos armários.

sábado, 14 de agosto de 2010

Me ame quando preciso

AHHHHHHHHH...... (isso era pra ser um suspiro) consegue sentir o cheiro do amor?
Não?
Que bom, nem eu xD só queria começar com uma frase impactante.
Do amor quero certa distância.
Já disse que meu anjo da guarda é nota 1000 e meu cupido é um zero a esquerda?
Pois é.
Enfim, meu poema dessa semana não tem NADA haver com amor, por mais que possa parecer. É mais sobre amar uma pessoa, que pode ser sim um namorado, mas que serve tanto para amigos e parentes também, nas horas que ela mais precisar.
Okey, admito que estava meio down na hora.
Mas só se admitirem que ficou bonitinho xD
Mãs, vamos logo ao poema O/

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Me ame quando preciso

Me ame quando eu for egoísta,
Porque estarei com medo.
Me ame quando eu for pessimista,
Porque isso me mata em segredo.

Me ame quando eu for narcisista,
Pois estarei muito insegura.
Me ame quando eu for muito pacifista,
Pois tudo que mais irei querer é aventura.

Me ame quando eu estiver errada
Pra que não me despedace ao tentar me redimir.
Me ame quando eu estiver assustada
Por não saber exatamente como agir.

Me abrace quando eu menos quiser,
Porque é quando mais quero chorar;
E me ame quando eu menos merecer,
Pois é quando mais vou precisar.
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Bonitinho, não?
Fiz no dia 10 de agosto, ao som de "When I'm Gone" do Three Doors Down.
Tenho uma certa história com essa música, porque ela já foi, ou melhor dizendo, ainda é tema de um casal de história minha. Mãs isso fica pra outro dia qualquer, quando eu achar a droga do conto e resolver digitalizar (tenho a leve impressão que joguei fora sem querer -q)
Enfim, visitem o outro blog! Postei uma crônica lá pra variar um pouquinho. E a Lulita fez um conto bonitinho.
Entonces...
Au revoir, mes amis!

sábado, 31 de julho de 2010

Depois de um longo e tenebroso inverno....

BOMMMMM...
Mais dia, menos dia eu teria que tirar a poeira dessa joça e_e
Não tenho absolutamente nada pra contar de fevereiro até aqui.
Quer dizer, ter eu até tenho: subi e desci de posição no meu colégio, fiz amizade com o pessoal da minha pensão (o que pra uma pessoa tímida como eu é um MILAGRE), me apaixonei perdidamente por um viado cafajeste e me arrebentei por isso (mas aprendi uma lição. Uma não, duas: cuidado com o que vc deseja e nem sempre conseguir o que vc quer é algo bom), estou em processo de "I Will Survive" desde final de Maio, comprei briga com meus pais algumas vezes, ganhei um PS3 e não escrevi nada muito útil ._.
Mas resolvi voltar a tentar atualizar com alguma freqüência esse blog a partir de agora ._. nem que seja com uma historinha tosca de Jane e Julien (ainda mais pq estou inaugurando um blog novo com minha miga Luli)
Falando neles....
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Seus pés flutuavam alguns centímetros do chão. Ela estava amarrada e pendurada em um gancho pelos pulsos.
Malditos lobos!
Nunca jogavam limpo, aqueles lobisomens...
Jane riu de si mesma.
Uma bruxa imortal e poderosa, mas que fora capturada ao proteger um vampiro convencido, arrogante, pedante, cheio de si, egocêntrico, pervertido, e o pior de tudo: Francês!
O Amor realmente faz coisas faz coisas bizarras com a cabeça dos seres humanos.
Agora lá estava a britânica: amarrada sobre um círculo anti-mágica, sedada e só com as roupas de baixo e cercada de lobos.
Noite perfeita.
Ela revirou os olhos, grogue.
"Bom, poderia ser pior," pensou "Julien poderia ter me convencido a mais um de seus fetiches e agora eu estaria nua ou pior.".
Perguntou-se o que havia acontecido com o seu vestido azul de cetin e corte vitoriano. Provavelmente rasgado por aqueles bárbaros.
Não que todo lobisomem fosse bárbaro. Jane conhecia alguns muito charmosos e encantadores.
Coisa que aqueles não eram.
Se perguntou o que haviam acontecido com os cavalheiros daquele século XIX.
Enquanto ela debatia a questão para distrair sua mente anuviada pelo calmante de sua situação dependurada, os lobos abriram a roda para deixar passar seu líder.
Jane encarou o recém chegado que era iluminado pela luz da lua que se infiltrava por meio de um buraco no teto do galpão abandonado onde eles se encontravam.
Chegou como um lobisomen de pêlo cinzento com uma grande cicatriz em forma de três garras cortando seu rosto da direita para a esquerda na diagonal, deformando palpebra direita, focinho e parte dos beiços. Usava apenas calças rasgadas, sobreviventes de sua transformação naquela noite de lua cheia.
Ela olhou-o nos olhos amarelos injetadosde sangue. Olhou a fera nos olhos. O lobo grunhiu e fez seu show: uivou para a diva pálida da noite que pairava no céu estrelado, exibiu garras e dentes afiados, rosnou e fez sons aterrorizantes, e por fim chegou a centímetros dela, ameaçador.
Jane riu.
Talvez fosse o sedativo, talvez fosse pura loucura e estupidez. Mas ela não teve um pingo sequer de medo.
- É só isso que sabe fazer? - perguntou em um francês correto e sem sotaque. Ela vivia a tempo o suficiente na França para falar corretamente, conseguindo, porém, colocar o sotaque britânico quando quisesse (ou seja: só e somente com Julien).
O lobo pareceu rir também.
Transformou-se diante de seus olhos. O pêlo cinzento desapareceu e deu lugar a uma cabeleira castanha curtíssima, sobrancelhas grossas e peito cabeludo. O rosto era largo, porém magro e saliente na parte mais alta das bochechas devido ao formato do crânio. A mandíbula era forte e tinha um charme masculino. O nariz era largo, mas pequeno. Os lábios eram grossos e volumosos, estando alinhados em um sorriso satisfeito com algo . Os olhos estranhamente lembravam a inglesa de um porco: pequenos, escuros, mas não muito profundos. Havia neles um certo brilho prateado que ela naum sabia dizer se eram a cor ou sua imaginação (estava contra a luz da lua e a mente dela estava anuviada demais). O corpo era forte e musculoso, com braços enormes. Jane se perguntou por que todo lobisomem desenvolvia tanto os músculos.
Ele seria um homem muito atraente e viril...
...se não fossem as marcas de garra deformando seu olho direito, nariz e canto esquerdo dos lábios.
- Realmente, você é uma mulherzinha difícil.
- Eu me esforço.
- Me disseram que você deveria ser "amaciada" antes... Pelo jeito era verdade.

Ele a olhava como um cachorro encara uma vitrine de açougue.
- Que quer de mim, lobo? - Jane perguntou ácida.
Ele riu, o sorriso nunca abandonando seus lábios.
-Respostas, mademoselle. Responda direitinho e você sai livre, bruxinha. - Ela bufou para o diminutivo. Ele continuou - Como se chama?
Foi a vez da inglesa rir.
- Anglaterre. - respondeu cantando as sílabas do nome de seu país.
O lobo não perdeu o sorriso.
- Muito bem, Anglaterre. Por que sua carne cheira tão bem, posso saber?
- Porque tudo que vem do MEU país
- e ela fez questão de grifar a palavra "meu" - é muito melhos que qualquer porcaria francesa.
Jane podia estar sedada, mas não estava louca.
Ela era uma imortal viva. Não morreria ou envelheceria em situações normais, exceto em casos de acidentes, suicídios ou assassinatos. Por ser essa imortal, seu sangue e sua carne cheiravam melhor para vampiros e lobisomens do que os humanos normais. Poucos sabiam disto, e além disso haviam as lendas toscas que diziam que devorar um imortal vivo era garantir juventude eterna (uma mentira, é claro).
Poucos sabiam e ela não iria entregar os pontos para aquele lobo ass tão fácil.
Ele perdeu o sorriso e franziu a testa, criando um quadro bizarro devido a cicatriz.
- Mademoselle Anglaterre, chega de jogos: quero saber onde seu namoradinho está se escondendo.
A inglesa riu.
- Ou?
- Ou serei brigado a fazer uma coisa que você não vai gostar nem um pouco.

E se aproximou dela de maneira ameaçadora.
Ela riu de novo.
Não era preciso ser nenhum gênio para ler nos olhos que dele que o lobisomem a violaria e devoraria quer ela respondesse, quer não.
- Se quer respostas, por que você não vai pro inferno amolar outro?
O tapa veio rápido e certeiro na face esquerda de Jane e ela sentiu um pouco de gosto de sangue na boca.
- Vou perguntar só mais uma vez, vadia: onde está o bastardo Julien Borgie?!
A britânica estava pronta para insultar tanto o lobo quanto a mãe do infeliz, que deixaria com vergonha até o mais boca suja dos marinheiros (ela sabia ser grosseira quando lhe convinha). Porém, uma voz interrompeu os pensamentos da mente cansada dela:
- Atrás de você, filho da puta.
Vindo do nada, o próprio Julien, junto com vários amigos, saltaram para dentro do galpão abandonado.
O que se seguiu foi uma cena épica de luta enrte a alcatéia de lobisomens do Sr. Deformado e o time de Julien.
Jane, entretanto, nada acompanhou.
O sedativo vinha deixando sua mente cada vez mais desligada do mundo exterior e cada vez mais sonolenta. Seus olhos pesaram e ela os fechou durante a luta.
Não adormeceu, ficando apenas em um estado de topor. Já mal ouvia os gritos de guerra, uivos, grunhidos, urros, maldições, coisas e quebrando ou qualquer outro som.
Quando deu por si, alguém a estava tirando do local onde ficaram dependurada, era desamarrada e aparada por braços fortes. Um pefume parisiense caríssimo e muito conhecido dela enchia seu olfato.
- Jane, mon amour? - Julien a chamou removendo uma mecha castanha do cabelo dela que havia caido sobre o rosto.
Ela abriu os olhos, encarou as orbes verdes dele, sorriu doce e respondeu em inglês:
- Por que demorou tanto, sapo?
Ele sorriu e suspirou aliviado.
- Fico feliz que esteja bem, ma Jane.
Tonta por causa do sedativo, ela enrolou seus braços ao redor do pescoço dele.
Prontamente, o vampiro aproximou seus lábios dos dela e delicadamente a beijou.
Era uma sensação maravilhosa sentir o rosto dele tão próximo, a boca gentilmente massageando a dela enquanto Jane apenas saboreava a textura macia dos lábios do francês e a sensação pinicante, mas deliciosa da barba dele por fazer em seu queixo.
Rapidamente (demais, na opinião dela), ele interrompeu o beijo e ela se deixou tragar para a inconsciência.
Acordou horas depois, com os dedos róseos da aurora invadindo as janelas de seu quarto e uma dor de cabeça horrenda.
Grunhiu de dor e ouviu um risinho.
- Quer remédio, mon petit chou? - perguntou Julien, sentado ao lado de sua cama.
- E você ainda pergunta!?
Ele riu de novo, ajudou-a a sentar-se e lhe entregou um copo com algo verde e asqueroso.
- O efeito é melhor que o gosto, garanto. - disse com piedade na voz.
- É bom mesmo...
A britânica não soube dizer se era gosto de lodo ou estrume.
- Argh! O que aqueles lobos fedidos queriam com você, afinal?
- Não sei. Desfrutar de minha companhia, suponho. - respondeu maroto.
- Julien... - ela retrucou com um tom de leve ameça.
Ele riu.
- Acalme-se, ma cherie. Está tudo sobre controle.
- Sei...
Ele riu e a beijou. Jane se perdeu novamente no encanto dos lábios dele.
Quando findado foi o beijo, ele disse em um suspiro triste:
- Devo ir, mom petit lapin. O sol já nasce...
Ela suspirou também.
- Tão cedo?
- É que você dormiu a noite toda, ma Jane.
- Queria não ter.
Ele sorriu e beijou a mão dela com carinho.
- Bonjour, ma belle Jane.
- Bom dia, Julien, meu amor.
Dizendo isto, ele se afastou dela e foi para o porão dormir, não sem antes a beijar mais uma vez os lábios e a testa com amor.
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Bom, essa história foi pensando em o que exatamente o Julien faz pra ganhar a vida xD (dinheiro não brota em árvores, infelizmente -q e mesmo um vampiro imortal precisa de uma graninha)
Ele é mais do tipo trambiqueiro eu acho xD sempre se metendo em negócios escusos.
Agora exatamente o que são, isso eh um mistério -q (jogos de azar principalmente e contrabando eu axo)
Agora vou dormir -___-
Au revoir, mes amis. Até um dia =3
Nota: LAY NOVO! /O/ pq eu precisava desse level up XD

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Questão de Fé

Estou meio desanimada... nenhum comentário até agora?
Triste.
MÃS, um dia eles aparecem eu acho xD
Nota: o Blog vai ficar meio abandonado por falta de contato com o pc.
MÃS ² eu passei pra deixar um poema pra quem aparecer.
O nome eh "Questão de fé"

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Esqueça a humildade:
Essas palavras vãs e inúteis
Que tentam ocultar sua verdade
Por razões no mínimo fúteis.

Tenho algo bom e ruim pra dizer:
Deus não vai te salvar,
Mas logo você vai perceber
Que na verdade não vai perceber.

Você tem Garra, tem Potencial!
É você que torna tudo desigual.
Você consegue o que dejesar.

Você é diferente: é vencedor!
É aquele que vai vencer cansaço e dor.
Você pode Tudo. Basta acreditar.

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É meio velho, mas eu gosto dele =3 muito

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jane e Julien

Okey, aqui vamos nós com meu primeiro post pra valer (o último foi só aquecimento xD)
Resolvi começar com um conto meu.
Bom, essa foi a primeira história que eu criei do vampiro Julien e da feiticeira Jane. Pode parecer modinha criar mais uma história de um vampiro, mas hey! eu já gostava deles antes da Stephanie-tosca-Meyer criar o "Eduardo Colher" (nada contra se você gosta, caro leitor, mas eu tenho aversão a mulher).
Esse é apenas mais uma noite na vida dos dois...
Espero que gostem.
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Jane amava a noite.
Contava os segundos ansiosamente até o sol se pôr, sentada na grande biblioteca da mansão. Acompanhava, como um gato que encara a um rato, o ponteiro dos segundos do grande relógio de corda.
Diferente das outras pessoas, que odiavam o frio que fazia em Paris aquela época do ano, ela amava o inverno. Amava, pois no frio do inverno os dias duravam menos e as noites eram quase eternas.
A inglesa olhou pela janela quando os últimos raios do deus do dia se estendiam por sobre as terras da França.
Soltou uma espécie de suspiro satisfeito, sorriu para si mesma e arrumou um pouco mais seu corpete. Ele sempre reclamava que ela usava roupas em demasia, e ela fazia questão de sempre usar mais e mais (só não estava de casaco agora pó não fazer sentido usar um casaco dentro de casa quando se tem uma lareira).
Amava irritá-lo.
O pensamento de fazê-lo tirou um sorriso felino de seus lábios.
Impaciente, caminhou até o relógio, contemplando seu reflexo no vidro dos ponteiros. Nesse momento, seus olhos castanhos captaram um olhar verde brilhante atrás de si pela imagem refletida. E antes que ela pudesse se virar, as luzes da lareira e das várias velas do cômodo se apagaram repentinamente.
Revirou os olhos, aborrecida quando foi abraçada pela cintura por trás e lábios beijaram seu pescoço.
- Bonsoir ma chérie. – disse uma voz masculina e aveludada próximo ao seu ouvido.
- Dramático como sempre. – retrucou cruzando os braços.
Ele riu e respondeu, em um inglês com um forte sotaque francês.
- Eu faço o que posso.
- Acenda a lareira! Nem todos são imunes ao frio como você!
- Oui, oui, ma lapin.
E em um segundo, uma chama vibrante pulsava novamente. Apesar disto, Jane sentia calafrios enquanto as mãos dele passeavam livremente por sua cintura e quadris.
Ainda nos braços dele, ela virou-se para encará-lo. Os olhos verdes dele flamejavam, ela sabia bem com o quê.
Desejo.
Quente como o fogo, mas suave como o vento.
Desejo.
Debilmente (já inebriada sem nenhuma resistência na sedução sobrenatural dele), Jane murmurou próximo ao rosto dele.
- Aqui não...
Ele lhe sorriu de maneira predatória.
- Faço o que bem quiser com... belles invasives.
E a beijou. A inglesa interrompeu o beijo para rir.
Invasora? Francamente! Ele tinha uma Imaginação quando o assunto eram fetiches!
- Claro, claro, francês. Vim aqui porque não tinha nada melhor para fazer do que invadir sua biblioteca para roubar... o que mesmo?
Ele revirou os olhos e suspirou divertido.
- Vocês ingleses não tem a menor classe para nada. Muito menos para brincadeiras ou invasões.
- Devo lembrá-lo do número de vezes que a Inglaterra ganhou da França?
- Mesmo assim, ainda perderam a Guerra dos 100 anos.
- Mas ganharíamos se não fosse intervenção daquela menina... qual o nome mesmo?
- Isso... – ele a beijou de novo - ...não... – outro beijo - ...vem ao caso. Você ainda é uma intrusa que agora é minha prisioneira. – o francês riu, satisfeito consigo mesmo – E adivinha o que farei com você agora?
Ele não a deixou responder.
Ou ela não o fez.
Não dava para dizer.
Lábios e línguas dançavam lascivamente para ver quem venceria aquele Waterloo particular.
Mãos brigavam contra tecidos de boa qualidade.
Teoricamente, um homem daquela época não precisaria ficar completamente nu diante da mulher diante de tal ato carnal. Ele, entretanto, sempre abria uma espécie de exceção especial. Só para ela, Jane, deixando-a arrancar-lhe as roupas assim como ele fazia com as dela.
A britânica sorriu quando o ouviu praguejar em francês contra o corpete e o arrancar com um puxão violento.
A essa altura, já estavam os dois rolando pelo tapete, entre vário beijos ardentes como o fogo da lareira.
Em um dado momento, ele parou, o corpo dele sobre o dela, uma mão o sustentando para encará-la, a outra passeando languidamente pelo corpo dela. Olhou no fundo dos olhos castanhos da moça, sorrindo de uma forma marota.
- Posso saber o nome de ma belles invasives antes de puni-la?
Um sorriso sarcástico e malicioso tomou os lábios de Jane, e ela lhe respondeu em uma espécie de nostalgia:
- Inglaterra.
Ele gargalhou e ela achou que nunca vira sorriso mais belo quanto aquele do riso dele. Após parar de rir, a encarou com o mesmo sorriso sarcástico dela.
- Ótimo! Serei França então!
E a beijou.
Claro que ambos sabiam quem o outro era. Porém a brincadeira (que remetia a primeira vez que se viram, quando a hostilidade lhes era como uma estranha sedução) combinava com a atual brincadeira. Então por que não?
Amaram-se ali mesmo, no chão da biblioteca, um chamando pelo país do outro.
Consumado o ato, Jane repousou o corpo ao lado do dele, cabeça no peito peludo, ouvindo o coração que batia acelerado demais para qualquer humano normal, mas não para ele.
Sentia a mão masculina brincando com seus cabelos e sorriu.
- Francês obsceno. – disse com malícia enquanto o encarava nos olhos verdes.
Ele sorriu também.
- Que culpa tenho, mon amour, se acordei morrendo de fome?
- Não sabia que morava com um incubus.
Ele lhe sorriu de modo maligno.
- Quer que eu prove minha... – ele riu - ... “vampirinidade” pra você?
Jane franziu a testa.
- Não.
Ele riu de novo e a risada retumbou no peito, fazendo com que ela sentisse as vibrações e também sentisse vontade de rir.
À luz do fogo, a inglesa voltou a encarar o vampiro, que a encarava, o olhar embebido por algo que a fez se arrepiar e corar. A voz máscula apenas sussurrou as seguintes palavras, mas para ela foi o suficiente.
- Je t'aime, Jane.
Ela beijou os lábios dele com delicadeza e respondeu no próprio idioma.
- Eu também te amo, Julien.
Julien sorriu mais uma vez e a beijou novamente antes de dizer:
- 500.
Ela piscou abobada.
- Perdão?
O vampiro revirou os olhos, divertido.
- 500 noites até sua imortalidade.
“Ah! Isso!” ela pensou.
Desde o nascimento, Jane fora marcada para ser uma bruxa eterna.
Uma imortal viva.
Acontece que todos os seres imortais para se tornarem imortais tinham que se sujeitar a morte para alcançar a imortalidade. Exceto certos bruxos e bruxas que ninguém sabia ao certo como ganhavam essa habilidade.
Jane era uma dessas Bruxas.
- Você está contando?
- Você não?
- Achei que fosse perder a paciência e me tornar vampira antes.
- Até pensei nisso, Jane, mas gosto mais de você viva. – ela o encarou, incrédula, até que ele acrescentou – Vampiras são frígidas demais pro meu gosto.
Foi a vez dela revirar os olhos.
- Depravado.
- Merci.
Ela revirou os olhos de novo e voltou a pousar a cabeça no peito dele, encarando o fogo.
- Vamos ao teatro, ma lapin?
- Nesse frio?
- Oui, certainement.
- Vampiro insano...
- Merci, mon amour. Suas palavras de afeto são inspiradoras.
Jane riu.
- Ora vamos, ma chérie! Você provavelmente ficou enfurnada aqui o dia todo! A noite é uma criança e nós VAMOS sair.
Ela riu de novo.
Julien tinha razão: a Noite era uma criança...
E Jane AMAVA as noites ao lado de Julien.
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Bom, foi isso pessoal xD
O primeiro conto do casal.
Nota: Julien usou muito francês, eu sei. Mas não acho que haja nada que vocês não descubram o que é. Lapin é "coelho" btw (eu demorei pra descobrir) xD

Words. Needless to say that they're like Needles

A você que aqui chegou, olá!
Bem vindo a este blog de crônicas, contos e poemas.
Sei que estou sendo chata, mas que tal uma palavrinha antes de começarmos?
Não, isto não é mais uma daquelas apresentações toscas de mim mesma (leia o perfil, amigo, se quiser uma, por mais vaga que ela seja, savvy?)
É uma apresentação as minhas palavras.
O título é um trocadilho em ridículo em inglês. A tradução literal é: "Palavras. Desnecessário dizer que elas são como agulhas".
Ridículo, como já havia dito, porém a mais pura verdade.
Acredite, não há nada o mundo capaz de penetrar mais a alma humana do que elas.
Agora é aquela hora em que aquele babaca metido a esperdo do fundo da sala vai erguer a mão e gritar para todo auditório ouvir a pergunta cretina que ele rapidamente pensou para me desbancar:
- Mas e as imagens?
Bom, caro leitor, as imagens podem aé chegar perto do grande poder que tem as palavras.
Perto, porém ainda perdem de longe.
Ver uma imagem é não pensar. É uma aividade passiva. Não podemos decidir o que vemos ou o que não vemos. Apenas isto: vemos! As imagens podem nos comover e fazer mover montanhas. Entretanto, ainda não são tão potentes.
Já as Palavras...
Estas são mágicas.
Ferem o mais duro dos corações ou derretem as almas mais frias. Um exemplo disso eu vos dou agora: Ao vermos uma criança faminta e suja na rua, podemos até nos emocionar um pouquinho (infelimente, essa é uma situação tão comum em nosso país que a maioria já nem vê isso). Mas quando ela abre a boca e diz "Me ajuda, por favor!" e nos deixamos ser penetrado pelas palavras é que realmente somos tocados lá no fundo em uma parte de nós mesmo que pensávamos ser intocável até então.
Se imagens comovem e movem montanhas, palavras levam o mais duro dos homens da comoção às lágrimas e movem mundos inteiros.
O que irei a seguir vale tanto para palavras ditas quanto escritas. Mas como sou escritora irei dar ênfase na escrita, ok? Porém, boa parte do que direi agora vale também para as palavras faladas (as diferenças serão discutidas em outra ocasião).
Tanto ler como escrever são atividades ativas. Escolhemos como, quando e o que ler ou escrever. E por você ter escolhido ler até aqui eu agradeço muito (pode parecer conversa de aero-moça no fim de vôo, mas é verdade).
Agora, para tocar corações e mentes, as palavras devem ter um significado que o autor queira transmitir e que o leitor tente entender.
Não é realmetne necessário que compreenda tudo (até porque é impossível, a menos que você, leitor, lesse meus pensamentos), mas o simples fato de tentar faz você ser penetrado por elas para sempre.
Espero que minhas palavras o façam refletir e continuar acompanhando o blog.
Eu sei xD assim até parece que não passo de uma interesseira com um discurço bonito. Mas se minhas palavras o agradam, continue comigo e comente! (AMO a opinião alheia *-* Pode criticar tudo que quiser, eu deixo).
Agora, sem mais delongas, vamos ao Blog xD