Benvenuto

Bem vindos ao humilde palácio literário desta humilde autora, que pode não ser imortal, mas tem a mania de renascer das cinzas de vez em quando. Fique a vontade para entrar em qualquer cômodo ou em qualquer texto, por favor só não alimente os monstros dos armários.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Questão de Fé

Estou meio desanimada... nenhum comentário até agora?
Triste.
MÃS, um dia eles aparecem eu acho xD
Nota: o Blog vai ficar meio abandonado por falta de contato com o pc.
MÃS ² eu passei pra deixar um poema pra quem aparecer.
O nome eh "Questão de fé"

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Esqueça a humildade:
Essas palavras vãs e inúteis
Que tentam ocultar sua verdade
Por razões no mínimo fúteis.

Tenho algo bom e ruim pra dizer:
Deus não vai te salvar,
Mas logo você vai perceber
Que na verdade não vai perceber.

Você tem Garra, tem Potencial!
É você que torna tudo desigual.
Você consegue o que dejesar.

Você é diferente: é vencedor!
É aquele que vai vencer cansaço e dor.
Você pode Tudo. Basta acreditar.

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É meio velho, mas eu gosto dele =3 muito

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Jane e Julien

Okey, aqui vamos nós com meu primeiro post pra valer (o último foi só aquecimento xD)
Resolvi começar com um conto meu.
Bom, essa foi a primeira história que eu criei do vampiro Julien e da feiticeira Jane. Pode parecer modinha criar mais uma história de um vampiro, mas hey! eu já gostava deles antes da Stephanie-tosca-Meyer criar o "Eduardo Colher" (nada contra se você gosta, caro leitor, mas eu tenho aversão a mulher).
Esse é apenas mais uma noite na vida dos dois...
Espero que gostem.
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Jane amava a noite.
Contava os segundos ansiosamente até o sol se pôr, sentada na grande biblioteca da mansão. Acompanhava, como um gato que encara a um rato, o ponteiro dos segundos do grande relógio de corda.
Diferente das outras pessoas, que odiavam o frio que fazia em Paris aquela época do ano, ela amava o inverno. Amava, pois no frio do inverno os dias duravam menos e as noites eram quase eternas.
A inglesa olhou pela janela quando os últimos raios do deus do dia se estendiam por sobre as terras da França.
Soltou uma espécie de suspiro satisfeito, sorriu para si mesma e arrumou um pouco mais seu corpete. Ele sempre reclamava que ela usava roupas em demasia, e ela fazia questão de sempre usar mais e mais (só não estava de casaco agora pó não fazer sentido usar um casaco dentro de casa quando se tem uma lareira).
Amava irritá-lo.
O pensamento de fazê-lo tirou um sorriso felino de seus lábios.
Impaciente, caminhou até o relógio, contemplando seu reflexo no vidro dos ponteiros. Nesse momento, seus olhos castanhos captaram um olhar verde brilhante atrás de si pela imagem refletida. E antes que ela pudesse se virar, as luzes da lareira e das várias velas do cômodo se apagaram repentinamente.
Revirou os olhos, aborrecida quando foi abraçada pela cintura por trás e lábios beijaram seu pescoço.
- Bonsoir ma chérie. – disse uma voz masculina e aveludada próximo ao seu ouvido.
- Dramático como sempre. – retrucou cruzando os braços.
Ele riu e respondeu, em um inglês com um forte sotaque francês.
- Eu faço o que posso.
- Acenda a lareira! Nem todos são imunes ao frio como você!
- Oui, oui, ma lapin.
E em um segundo, uma chama vibrante pulsava novamente. Apesar disto, Jane sentia calafrios enquanto as mãos dele passeavam livremente por sua cintura e quadris.
Ainda nos braços dele, ela virou-se para encará-lo. Os olhos verdes dele flamejavam, ela sabia bem com o quê.
Desejo.
Quente como o fogo, mas suave como o vento.
Desejo.
Debilmente (já inebriada sem nenhuma resistência na sedução sobrenatural dele), Jane murmurou próximo ao rosto dele.
- Aqui não...
Ele lhe sorriu de maneira predatória.
- Faço o que bem quiser com... belles invasives.
E a beijou. A inglesa interrompeu o beijo para rir.
Invasora? Francamente! Ele tinha uma Imaginação quando o assunto eram fetiches!
- Claro, claro, francês. Vim aqui porque não tinha nada melhor para fazer do que invadir sua biblioteca para roubar... o que mesmo?
Ele revirou os olhos e suspirou divertido.
- Vocês ingleses não tem a menor classe para nada. Muito menos para brincadeiras ou invasões.
- Devo lembrá-lo do número de vezes que a Inglaterra ganhou da França?
- Mesmo assim, ainda perderam a Guerra dos 100 anos.
- Mas ganharíamos se não fosse intervenção daquela menina... qual o nome mesmo?
- Isso... – ele a beijou de novo - ...não... – outro beijo - ...vem ao caso. Você ainda é uma intrusa que agora é minha prisioneira. – o francês riu, satisfeito consigo mesmo – E adivinha o que farei com você agora?
Ele não a deixou responder.
Ou ela não o fez.
Não dava para dizer.
Lábios e línguas dançavam lascivamente para ver quem venceria aquele Waterloo particular.
Mãos brigavam contra tecidos de boa qualidade.
Teoricamente, um homem daquela época não precisaria ficar completamente nu diante da mulher diante de tal ato carnal. Ele, entretanto, sempre abria uma espécie de exceção especial. Só para ela, Jane, deixando-a arrancar-lhe as roupas assim como ele fazia com as dela.
A britânica sorriu quando o ouviu praguejar em francês contra o corpete e o arrancar com um puxão violento.
A essa altura, já estavam os dois rolando pelo tapete, entre vário beijos ardentes como o fogo da lareira.
Em um dado momento, ele parou, o corpo dele sobre o dela, uma mão o sustentando para encará-la, a outra passeando languidamente pelo corpo dela. Olhou no fundo dos olhos castanhos da moça, sorrindo de uma forma marota.
- Posso saber o nome de ma belles invasives antes de puni-la?
Um sorriso sarcástico e malicioso tomou os lábios de Jane, e ela lhe respondeu em uma espécie de nostalgia:
- Inglaterra.
Ele gargalhou e ela achou que nunca vira sorriso mais belo quanto aquele do riso dele. Após parar de rir, a encarou com o mesmo sorriso sarcástico dela.
- Ótimo! Serei França então!
E a beijou.
Claro que ambos sabiam quem o outro era. Porém a brincadeira (que remetia a primeira vez que se viram, quando a hostilidade lhes era como uma estranha sedução) combinava com a atual brincadeira. Então por que não?
Amaram-se ali mesmo, no chão da biblioteca, um chamando pelo país do outro.
Consumado o ato, Jane repousou o corpo ao lado do dele, cabeça no peito peludo, ouvindo o coração que batia acelerado demais para qualquer humano normal, mas não para ele.
Sentia a mão masculina brincando com seus cabelos e sorriu.
- Francês obsceno. – disse com malícia enquanto o encarava nos olhos verdes.
Ele sorriu também.
- Que culpa tenho, mon amour, se acordei morrendo de fome?
- Não sabia que morava com um incubus.
Ele lhe sorriu de modo maligno.
- Quer que eu prove minha... – ele riu - ... “vampirinidade” pra você?
Jane franziu a testa.
- Não.
Ele riu de novo e a risada retumbou no peito, fazendo com que ela sentisse as vibrações e também sentisse vontade de rir.
À luz do fogo, a inglesa voltou a encarar o vampiro, que a encarava, o olhar embebido por algo que a fez se arrepiar e corar. A voz máscula apenas sussurrou as seguintes palavras, mas para ela foi o suficiente.
- Je t'aime, Jane.
Ela beijou os lábios dele com delicadeza e respondeu no próprio idioma.
- Eu também te amo, Julien.
Julien sorriu mais uma vez e a beijou novamente antes de dizer:
- 500.
Ela piscou abobada.
- Perdão?
O vampiro revirou os olhos, divertido.
- 500 noites até sua imortalidade.
“Ah! Isso!” ela pensou.
Desde o nascimento, Jane fora marcada para ser uma bruxa eterna.
Uma imortal viva.
Acontece que todos os seres imortais para se tornarem imortais tinham que se sujeitar a morte para alcançar a imortalidade. Exceto certos bruxos e bruxas que ninguém sabia ao certo como ganhavam essa habilidade.
Jane era uma dessas Bruxas.
- Você está contando?
- Você não?
- Achei que fosse perder a paciência e me tornar vampira antes.
- Até pensei nisso, Jane, mas gosto mais de você viva. – ela o encarou, incrédula, até que ele acrescentou – Vampiras são frígidas demais pro meu gosto.
Foi a vez dela revirar os olhos.
- Depravado.
- Merci.
Ela revirou os olhos de novo e voltou a pousar a cabeça no peito dele, encarando o fogo.
- Vamos ao teatro, ma lapin?
- Nesse frio?
- Oui, certainement.
- Vampiro insano...
- Merci, mon amour. Suas palavras de afeto são inspiradoras.
Jane riu.
- Ora vamos, ma chérie! Você provavelmente ficou enfurnada aqui o dia todo! A noite é uma criança e nós VAMOS sair.
Ela riu de novo.
Julien tinha razão: a Noite era uma criança...
E Jane AMAVA as noites ao lado de Julien.
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Bom, foi isso pessoal xD
O primeiro conto do casal.
Nota: Julien usou muito francês, eu sei. Mas não acho que haja nada que vocês não descubram o que é. Lapin é "coelho" btw (eu demorei pra descobrir) xD

Words. Needless to say that they're like Needles

A você que aqui chegou, olá!
Bem vindo a este blog de crônicas, contos e poemas.
Sei que estou sendo chata, mas que tal uma palavrinha antes de começarmos?
Não, isto não é mais uma daquelas apresentações toscas de mim mesma (leia o perfil, amigo, se quiser uma, por mais vaga que ela seja, savvy?)
É uma apresentação as minhas palavras.
O título é um trocadilho em ridículo em inglês. A tradução literal é: "Palavras. Desnecessário dizer que elas são como agulhas".
Ridículo, como já havia dito, porém a mais pura verdade.
Acredite, não há nada o mundo capaz de penetrar mais a alma humana do que elas.
Agora é aquela hora em que aquele babaca metido a esperdo do fundo da sala vai erguer a mão e gritar para todo auditório ouvir a pergunta cretina que ele rapidamente pensou para me desbancar:
- Mas e as imagens?
Bom, caro leitor, as imagens podem aé chegar perto do grande poder que tem as palavras.
Perto, porém ainda perdem de longe.
Ver uma imagem é não pensar. É uma aividade passiva. Não podemos decidir o que vemos ou o que não vemos. Apenas isto: vemos! As imagens podem nos comover e fazer mover montanhas. Entretanto, ainda não são tão potentes.
Já as Palavras...
Estas são mágicas.
Ferem o mais duro dos corações ou derretem as almas mais frias. Um exemplo disso eu vos dou agora: Ao vermos uma criança faminta e suja na rua, podemos até nos emocionar um pouquinho (infelimente, essa é uma situação tão comum em nosso país que a maioria já nem vê isso). Mas quando ela abre a boca e diz "Me ajuda, por favor!" e nos deixamos ser penetrado pelas palavras é que realmente somos tocados lá no fundo em uma parte de nós mesmo que pensávamos ser intocável até então.
Se imagens comovem e movem montanhas, palavras levam o mais duro dos homens da comoção às lágrimas e movem mundos inteiros.
O que irei a seguir vale tanto para palavras ditas quanto escritas. Mas como sou escritora irei dar ênfase na escrita, ok? Porém, boa parte do que direi agora vale também para as palavras faladas (as diferenças serão discutidas em outra ocasião).
Tanto ler como escrever são atividades ativas. Escolhemos como, quando e o que ler ou escrever. E por você ter escolhido ler até aqui eu agradeço muito (pode parecer conversa de aero-moça no fim de vôo, mas é verdade).
Agora, para tocar corações e mentes, as palavras devem ter um significado que o autor queira transmitir e que o leitor tente entender.
Não é realmetne necessário que compreenda tudo (até porque é impossível, a menos que você, leitor, lesse meus pensamentos), mas o simples fato de tentar faz você ser penetrado por elas para sempre.
Espero que minhas palavras o façam refletir e continuar acompanhando o blog.
Eu sei xD assim até parece que não passo de uma interesseira com um discurço bonito. Mas se minhas palavras o agradam, continue comigo e comente! (AMO a opinião alheia *-* Pode criticar tudo que quiser, eu deixo).
Agora, sem mais delongas, vamos ao Blog xD