Benvenuto

Bem vindos ao humilde palácio literário desta humilde autora, que pode não ser imortal, mas tem a mania de renascer das cinzas de vez em quando. Fique a vontade para entrar em qualquer cômodo ou em qualquer texto, por favor só não alimente os monstros dos armários.

sábado, 31 de julho de 2010

Depois de um longo e tenebroso inverno....

BOMMMMM...
Mais dia, menos dia eu teria que tirar a poeira dessa joça e_e
Não tenho absolutamente nada pra contar de fevereiro até aqui.
Quer dizer, ter eu até tenho: subi e desci de posição no meu colégio, fiz amizade com o pessoal da minha pensão (o que pra uma pessoa tímida como eu é um MILAGRE), me apaixonei perdidamente por um viado cafajeste e me arrebentei por isso (mas aprendi uma lição. Uma não, duas: cuidado com o que vc deseja e nem sempre conseguir o que vc quer é algo bom), estou em processo de "I Will Survive" desde final de Maio, comprei briga com meus pais algumas vezes, ganhei um PS3 e não escrevi nada muito útil ._.
Mas resolvi voltar a tentar atualizar com alguma freqüência esse blog a partir de agora ._. nem que seja com uma historinha tosca de Jane e Julien (ainda mais pq estou inaugurando um blog novo com minha miga Luli)
Falando neles....
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Seus pés flutuavam alguns centímetros do chão. Ela estava amarrada e pendurada em um gancho pelos pulsos.
Malditos lobos!
Nunca jogavam limpo, aqueles lobisomens...
Jane riu de si mesma.
Uma bruxa imortal e poderosa, mas que fora capturada ao proteger um vampiro convencido, arrogante, pedante, cheio de si, egocêntrico, pervertido, e o pior de tudo: Francês!
O Amor realmente faz coisas faz coisas bizarras com a cabeça dos seres humanos.
Agora lá estava a britânica: amarrada sobre um círculo anti-mágica, sedada e só com as roupas de baixo e cercada de lobos.
Noite perfeita.
Ela revirou os olhos, grogue.
"Bom, poderia ser pior," pensou "Julien poderia ter me convencido a mais um de seus fetiches e agora eu estaria nua ou pior.".
Perguntou-se o que havia acontecido com o seu vestido azul de cetin e corte vitoriano. Provavelmente rasgado por aqueles bárbaros.
Não que todo lobisomem fosse bárbaro. Jane conhecia alguns muito charmosos e encantadores.
Coisa que aqueles não eram.
Se perguntou o que haviam acontecido com os cavalheiros daquele século XIX.
Enquanto ela debatia a questão para distrair sua mente anuviada pelo calmante de sua situação dependurada, os lobos abriram a roda para deixar passar seu líder.
Jane encarou o recém chegado que era iluminado pela luz da lua que se infiltrava por meio de um buraco no teto do galpão abandonado onde eles se encontravam.
Chegou como um lobisomen de pêlo cinzento com uma grande cicatriz em forma de três garras cortando seu rosto da direita para a esquerda na diagonal, deformando palpebra direita, focinho e parte dos beiços. Usava apenas calças rasgadas, sobreviventes de sua transformação naquela noite de lua cheia.
Ela olhou-o nos olhos amarelos injetadosde sangue. Olhou a fera nos olhos. O lobo grunhiu e fez seu show: uivou para a diva pálida da noite que pairava no céu estrelado, exibiu garras e dentes afiados, rosnou e fez sons aterrorizantes, e por fim chegou a centímetros dela, ameaçador.
Jane riu.
Talvez fosse o sedativo, talvez fosse pura loucura e estupidez. Mas ela não teve um pingo sequer de medo.
- É só isso que sabe fazer? - perguntou em um francês correto e sem sotaque. Ela vivia a tempo o suficiente na França para falar corretamente, conseguindo, porém, colocar o sotaque britânico quando quisesse (ou seja: só e somente com Julien).
O lobo pareceu rir também.
Transformou-se diante de seus olhos. O pêlo cinzento desapareceu e deu lugar a uma cabeleira castanha curtíssima, sobrancelhas grossas e peito cabeludo. O rosto era largo, porém magro e saliente na parte mais alta das bochechas devido ao formato do crânio. A mandíbula era forte e tinha um charme masculino. O nariz era largo, mas pequeno. Os lábios eram grossos e volumosos, estando alinhados em um sorriso satisfeito com algo . Os olhos estranhamente lembravam a inglesa de um porco: pequenos, escuros, mas não muito profundos. Havia neles um certo brilho prateado que ela naum sabia dizer se eram a cor ou sua imaginação (estava contra a luz da lua e a mente dela estava anuviada demais). O corpo era forte e musculoso, com braços enormes. Jane se perguntou por que todo lobisomem desenvolvia tanto os músculos.
Ele seria um homem muito atraente e viril...
...se não fossem as marcas de garra deformando seu olho direito, nariz e canto esquerdo dos lábios.
- Realmente, você é uma mulherzinha difícil.
- Eu me esforço.
- Me disseram que você deveria ser "amaciada" antes... Pelo jeito era verdade.

Ele a olhava como um cachorro encara uma vitrine de açougue.
- Que quer de mim, lobo? - Jane perguntou ácida.
Ele riu, o sorriso nunca abandonando seus lábios.
-Respostas, mademoselle. Responda direitinho e você sai livre, bruxinha. - Ela bufou para o diminutivo. Ele continuou - Como se chama?
Foi a vez da inglesa rir.
- Anglaterre. - respondeu cantando as sílabas do nome de seu país.
O lobo não perdeu o sorriso.
- Muito bem, Anglaterre. Por que sua carne cheira tão bem, posso saber?
- Porque tudo que vem do MEU país
- e ela fez questão de grifar a palavra "meu" - é muito melhos que qualquer porcaria francesa.
Jane podia estar sedada, mas não estava louca.
Ela era uma imortal viva. Não morreria ou envelheceria em situações normais, exceto em casos de acidentes, suicídios ou assassinatos. Por ser essa imortal, seu sangue e sua carne cheiravam melhor para vampiros e lobisomens do que os humanos normais. Poucos sabiam disto, e além disso haviam as lendas toscas que diziam que devorar um imortal vivo era garantir juventude eterna (uma mentira, é claro).
Poucos sabiam e ela não iria entregar os pontos para aquele lobo ass tão fácil.
Ele perdeu o sorriso e franziu a testa, criando um quadro bizarro devido a cicatriz.
- Mademoselle Anglaterre, chega de jogos: quero saber onde seu namoradinho está se escondendo.
A inglesa riu.
- Ou?
- Ou serei brigado a fazer uma coisa que você não vai gostar nem um pouco.

E se aproximou dela de maneira ameaçadora.
Ela riu de novo.
Não era preciso ser nenhum gênio para ler nos olhos que dele que o lobisomem a violaria e devoraria quer ela respondesse, quer não.
- Se quer respostas, por que você não vai pro inferno amolar outro?
O tapa veio rápido e certeiro na face esquerda de Jane e ela sentiu um pouco de gosto de sangue na boca.
- Vou perguntar só mais uma vez, vadia: onde está o bastardo Julien Borgie?!
A britânica estava pronta para insultar tanto o lobo quanto a mãe do infeliz, que deixaria com vergonha até o mais boca suja dos marinheiros (ela sabia ser grosseira quando lhe convinha). Porém, uma voz interrompeu os pensamentos da mente cansada dela:
- Atrás de você, filho da puta.
Vindo do nada, o próprio Julien, junto com vários amigos, saltaram para dentro do galpão abandonado.
O que se seguiu foi uma cena épica de luta enrte a alcatéia de lobisomens do Sr. Deformado e o time de Julien.
Jane, entretanto, nada acompanhou.
O sedativo vinha deixando sua mente cada vez mais desligada do mundo exterior e cada vez mais sonolenta. Seus olhos pesaram e ela os fechou durante a luta.
Não adormeceu, ficando apenas em um estado de topor. Já mal ouvia os gritos de guerra, uivos, grunhidos, urros, maldições, coisas e quebrando ou qualquer outro som.
Quando deu por si, alguém a estava tirando do local onde ficaram dependurada, era desamarrada e aparada por braços fortes. Um pefume parisiense caríssimo e muito conhecido dela enchia seu olfato.
- Jane, mon amour? - Julien a chamou removendo uma mecha castanha do cabelo dela que havia caido sobre o rosto.
Ela abriu os olhos, encarou as orbes verdes dele, sorriu doce e respondeu em inglês:
- Por que demorou tanto, sapo?
Ele sorriu e suspirou aliviado.
- Fico feliz que esteja bem, ma Jane.
Tonta por causa do sedativo, ela enrolou seus braços ao redor do pescoço dele.
Prontamente, o vampiro aproximou seus lábios dos dela e delicadamente a beijou.
Era uma sensação maravilhosa sentir o rosto dele tão próximo, a boca gentilmente massageando a dela enquanto Jane apenas saboreava a textura macia dos lábios do francês e a sensação pinicante, mas deliciosa da barba dele por fazer em seu queixo.
Rapidamente (demais, na opinião dela), ele interrompeu o beijo e ela se deixou tragar para a inconsciência.
Acordou horas depois, com os dedos róseos da aurora invadindo as janelas de seu quarto e uma dor de cabeça horrenda.
Grunhiu de dor e ouviu um risinho.
- Quer remédio, mon petit chou? - perguntou Julien, sentado ao lado de sua cama.
- E você ainda pergunta!?
Ele riu de novo, ajudou-a a sentar-se e lhe entregou um copo com algo verde e asqueroso.
- O efeito é melhor que o gosto, garanto. - disse com piedade na voz.
- É bom mesmo...
A britânica não soube dizer se era gosto de lodo ou estrume.
- Argh! O que aqueles lobos fedidos queriam com você, afinal?
- Não sei. Desfrutar de minha companhia, suponho. - respondeu maroto.
- Julien... - ela retrucou com um tom de leve ameça.
Ele riu.
- Acalme-se, ma cherie. Está tudo sobre controle.
- Sei...
Ele riu e a beijou. Jane se perdeu novamente no encanto dos lábios dele.
Quando findado foi o beijo, ele disse em um suspiro triste:
- Devo ir, mom petit lapin. O sol já nasce...
Ela suspirou também.
- Tão cedo?
- É que você dormiu a noite toda, ma Jane.
- Queria não ter.
Ele sorriu e beijou a mão dela com carinho.
- Bonjour, ma belle Jane.
- Bom dia, Julien, meu amor.
Dizendo isto, ele se afastou dela e foi para o porão dormir, não sem antes a beijar mais uma vez os lábios e a testa com amor.
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Bom, essa história foi pensando em o que exatamente o Julien faz pra ganhar a vida xD (dinheiro não brota em árvores, infelizmente -q e mesmo um vampiro imortal precisa de uma graninha)
Ele é mais do tipo trambiqueiro eu acho xD sempre se metendo em negócios escusos.
Agora exatamente o que são, isso eh um mistério -q (jogos de azar principalmente e contrabando eu axo)
Agora vou dormir -___-
Au revoir, mes amis. Até um dia =3
Nota: LAY NOVO! /O/ pq eu precisava desse level up XD

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