Benvenuto

Bem vindos ao humilde palácio literário desta humilde autora, que pode não ser imortal, mas tem a mania de renascer das cinzas de vez em quando. Fique a vontade para entrar em qualquer cômodo ou em qualquer texto, por favor só não alimente os monstros dos armários.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um poema com viés crítico


Eu começo aqui
Uma nova tradição 
Pra iniciação. 
-------------------//-------------------

Bon soir mes amis 

Como meu haikai já disse, resolvi começar uma tradição de fazer um haikai ao vivo, à cores e se mexendo toda vez que começar o post da semana \O/ porque eu sou ti mais e porque um haikai é muito fácil e simples o.o como essa semana é a primeira oficial dos haikais (o da semana passada foi só um tira-gosto) ele não fala nada de nada do post de hoje, mas os próximos serão uma espécie de aperitivo do poema/conto do dia. 

Já vou logo dizendo que estou depressiva essa semana ._. Bem pra baixo e murchinha, e meu poeminha de hoje reflete um pouco disso. É meio que uma reflexão sobre o mundo moderno. Mas não falarei muito dele ou vou ficar me sentindo um daqueles artistas intelectualóides chatos pra caramba que se acha "o politizado". 

Também tô meio mal de nervoso. Tenho vestibular amanha. E antes que você comece "ZOE, SUA IRRESPONSÁVEL!!! O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO NA NET AINDA!!!" a prova é de tarde e.e

Não tenho muito mais o que dizer ._.

Ah! Um super obrigado a Sabrina pelo apoio ao blog =D que bom que você gostou e espero que você apareça mais vezes. 

Agora sem mais delongas, ao poema

-------------------//-------------------

Dollarismo

Não sei bem quem quero ser. 
Não tenho pátria. Pátria pra quê?
Não tenho a minha ideologia pra viver. 
Só uma marca no peito sem porquê. 

Meu bolso é meu ponto mais dolorido
E não faço a menor idéia de quem sou. 
Tenho pensamentos pouco envolvidos
E um coração que jamais amou.

A Dow Jones mede minha felicidade,
As margens de lucro são minha frustração. 
As comodites ditam minha identidade,
Na minha alma, manda meu cartão. 

Mas apesar de todo esse vazio em minha vida,
Eu ainda tenho uma única religião. 
O Dollar é minha divindade distorcida
E o Mundo-Mercado, minha danação. 

-------------------//-------------------

Que acharam? 

Ele é meio depressivo, eu sei, mas gosto dele. É raro eu conseguir um poema com viés de crítica social, mas esse ficou bem legal e crítico. 

Pra quem não notou o óbvio, o poema é uma crítica à maneira como a sociedade se comporta com relação ao mercado. Somos escravos do mercado? Eu creio que sim. Somos mais fiéis ao dólar do que a nossa pátria, religião ou nós mesmos. 

A propósito, esse poema surgiu no meio de uma discussão sobre o quando a política ainda existe. Quase não resta política hoje em dia. Só temos mercado. 

Mãs chega de falar disso. 

Tô com dor de cabeça e cansada. Espero mesmo que vocês estejam melhores que eu, mes amis

Au revoir, and sweet dreams

Um comentário:

  1. Matheus Sanders Montandon4 de junho de 2012 às 18:14

    Hehe, curti a idéia de por um haikai de introdução pra cada poema/conto. Gostei do poema também, imaginei um cara da Wall Street como o eu-lírico, estilo antigosinho (como no seriado Mad Men). E como foi o vesitbular?

    ResponderExcluir