Benvenuto

Bem vindos ao humilde palácio literário desta humilde autora, que pode não ser imortal, mas tem a mania de renascer das cinzas de vez em quando. Fique a vontade para entrar em qualquer cômodo ou em qualquer texto, por favor só não alimente os monstros dos armários.

domingo, 12 de agosto de 2012

Conversas de pai e filho (A.k.a. Feliz dia dos Pais)

Olá pra vocês!
E um Feliz dia dos Pais
Pra todos os pais.


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BONJOUR MES AMIS \O/

OLHA EU AQUI DE NOVO 8D

Depois de MAIS UM longo e tenebroso inverno, eis eu aqui de novo no meu bloguitinho, falando ao vivo e me mexendo do meu sofá nessa linda tarde de domingo! \o/

Estive ocupada, primeiro com as férias (SIM! Férias são momentos em que estou ocupada demais fazendo nada pra prestar atenção a qualquer outra coisa xD), com o estudo (continuo, pra variar, atrasada, mas estou desatrasando aos poucos) e com uma gripe que me pegou semana passada x.x Quase apareci aqui com um poema umas 3 vezes, mas meus estudos e minha preguiça nos meus mirrados minutos vagos não deixaram. Tenho até que comentar essas olimpíadas ainda o.o vou fazer isso sexta que vem SEM FALTA ò.ó

Mãs aí acabei planejando pra atrasar até o dia dos pais que, oh! É hoje! XD 

Feliz dia dos Pais! XD 

Aí duas semanas atrás, depois de tomada essa decisão do atraso até hoje, veio o grande problema: o que, raios, eu ia escrever pra cá de dia dos pais? O.o Diferente do dia das mães que a idéia nasceu sozinha, sofri até ontem com o conto/ a fanfic de hoje x.x

A inspiração simplesmente não vinha! X.x

E é besteira falar que dá pra escrever sem ela porque NÃO DÁ. 

E o pior é que ela é muito volátil e imprevisível ._. 

Pensem nas idéias de um escritor como um mapa do tesouro e num escritor como um navio grego trirreme. Por que um trirreme? Explico com o resto da metáfora. A inspiração é como o vento e pode vir de qualquer lado. Cabe ao barco virar as velas do jeito certo pra conseguir ir aonde se pretende ir, isto é, na direção do tesouro, do fim da história. Sem inspiração, o barco trirreme é obrigado a começar a remar pra chegar a algum lugar, o que, acreditem, gasta o dobro de energia (por isso acho que só os gregos e talvez os vikings usavam isso: eles iam usar escravos mesmo! Aí eles não precisavam se cansar).

Nesse caso, eu estava SEM MAPA e SEM VENTO. Diferente do Dia das Mães, que com duas semanas de antecedência me surge um mapa e 3 dias antes me surge o vento. (se quiser ler ou re-ler esse conto de dia das mães, ele está sob a postagem de título "Feliz dia das Mães")

Eu estava a deriva dessa vez.

Totalmente. 

Sem mapa e sem vento. 

ATÉ QUE, durante uma brainstorm com minha querida editora e melhor amiga, Luiza (que não está no Canadá - foi mal miga, cê sabe que eu NÃO RESISTO a uma piada infame), que me veio essa idéia e fiz de ontem pra hoje mesmo. 

Comecei pensa do em coisas que meu papis gosta e depois de analisar a lista cheguei a temática Superman. Na minha cabecinha de filha eu tenho a idéia de que meu pai é fã do cara, então resolvi usar esse tema mesmo. A idéia inicial era fazer um churras dos heróis da DcComics (a concorrente da Marvel! As coisas que eu não faço pra escrever um bom conto) e seus filhos, mas a idéia foi descartada por ser um clichê grande demais e porque eu não ia conseguir levar a coisa a sério com Batman e Robin na história (sério: acho que tenho alguma coisa contra o Batsy xD não consigo levar o cara a sério de jeito nenhum! PRINCIPALMENTE com Robin no meio por motivos óbvios xD).

Aí tivemos nosso brainstorm eu e Luiza e cheguei a idéia atual \o/

...admito, ela é meio clichê também. 

Mãs é menos do que a idéia do Churras u.u

Já aviso que é uma fanfic. Mas, oh! O que é uma fanfic, Zoe? Não tema caro leitor que eu explico: fanfic é quando já pré-existe uma série de alguma coisa (seriados, livros, animes, quadrinhos, filmes, etc) e os fãs, não satisfeitos apenas com a história original, decidem criar suas próprias histórias para a tal série (seja ela qual for). Pode ser usando os personagens dentro do próprio universo da série, colocando seus próprios personagens dentro da série, colocar os personagens da série em universos paralelos, ou qualquer outra combinação. Fanfic, ou simplesmente fic, é abreviação de Fanfiction, a ficção do fã. O nome é bem auto explicativo. 

Mas enfim, quer dizer então que eu fiz uma fic pro blogtinho? Aham, exatamente. Mas não temam: não é preciso muito conhecimento do mundo do Superman pra entender =D Se você sabe que ele veio ainda bebê pra terra, foi adotado por Jonathan e Martha Kent, sendo batizado Clark Kent, cresceu na fazenda do casal, foi pra Metropolis adulto, lá se tornou o Superman e se apaixonou pelo amor da vida dele, Lois Lane; se você sabe de tudo isso, não serão precisas muitas explicações sobre a história =) (até porque confesso que eu desconheço direito a história dele o.o sou mais fã da Marvel, como já disse inúmeras vezes, do que da DC).

Vejamos... É bom saber que Lex Luthor é o inimigo jurado de sangue do Superman e que ele aparece com MUITA freqüência nas histórias do herói (é só ver os filmes: em pelo menos dois deles o vilão é o Luthor). Bom saber também que Bruce Wayne é o Batman (sim, Batsy xD acabo de revelar sua identidade secreta) e que ele e o Clark são bons amigos e uma ótima parceria na vigilância contra o crime. Saiba também que Arkham Asylum é um hospício/prisão para os super-vilões da história do Batsy (e eu TINHA que tirar sarro da cara dele pelo menos uma vezinha só pra me sentir satisfeita xD). Última coisa que é bom saber é que Superman pode girar a terra ao contrário com sua super velocidade e voltar no tempo (meu lado de amante das leis da física está se reclamando até agora das incoerências físicas que isso representa, mas como isso já é consagrado da história do Superman, nada posso fazer).

Não sei se ficou bom o.o minha editora, Luiza, ficou sem internet de ontem pra hoje e não pode ver a arte final. Nem tem como eu corrigir qualquer errinho de Português que tenha passado. 

MAS. EU. GOSTEI. DISSO. OK? ÇÇ

Enfim, dedico o conto ao meu pai, que nem sei se vai ver xD mas se ver espero que goste 

AGORA, LADIES AND GENTLEMAN, com vocês: MEU CONTO!!! \O/

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Clark Kent sentava-se na parte mais alta do celeiro e fitava o infinito, perdido em pensamentos. O impacto da notícia que recebera naquele dia ainda ressoava em sua mente. Um eco constante nos pensamentos do Homem de Aço que inviabilizava qualquer outra forma de raciocínio. Estática mental.

Quem dera fosse, pensava o Superman, Lex Luthor que tivesse fugido de Arkham Asylum. Seria muito mais fácil simplesmente botar a roupa de Superman e prender Luthor. De novo.

Porém não era esse o caso.

Até porque Bruce Wayne garantira que DESTA VEZ o esquema de segurança de Arkham estava perfeito. Entretanto, por mais que Clark quisesse acreditar em Bruce devido a sua confiança nas habilidades do amigo, o Batman ainda não era conhecido por seus esquemas infalíveis de segurança para a prisão de segurança máxima de super-vilões, dado que, volta e meia, um ou mais dos malucos fugiam da prisão para, mais uma vez, tentar dominar o mundo. De novo. Mas esse não era, realmente, o caso dessa vez.

Não, seus super poderes nada o ajudavam naquela situação. Quer dizer, a não ser que ele fizesse o planeta girar no sentido oposto e ele re-escrevesse os últimos três meses. O que não era moralmente correto. MUITO tentador, mas mesmo assim moralmente incorreto!

Que coisa...

Não foi preciso super-audição para ouvir os passos de Jonathan Kent, pai do herói (que, apesar de adotivo, era a grande referência paterna de Clark), entrando no celeiro. Há anos Jonathan desistira de competir com a super audição, por isso entrava com seu passo firme de fazendeiro. Encarou o filho, sorriu e começou a subir a escada para a parte alta do celeiro enquanto comentava casualmente:

- Fazem dez anos que você mudou pra cidade grande e, ao menor sinal de desconforto, você ainda voa pra cá. Cê num mudou nadinha, filho.

Clark sorriu meio sem jeito e deu de ombros. O pai veio se sentar ao lado do filho. Ficaram em silêncio por alguns instantes.

- Lois ligou. - comentou Jonathan, tentando manter a casualidade - Ela contou a novidade. Sua mãe tá dando pulos de alegria. Parabéns.

O Homem de Aço soltou um som lamuriante e escondeu o rosto nas mãos. O olhar do pai ficou severo e ardente, quase como se ele tivesse a visão de calor.

- Clark, tem algo que queira dizer sobre o assunto?

Superman mais sentia do que via o olhar do pai. Havia algo incomodando Jonathan, mas não a ponto do uso do nome completo do filho. Clark tinha de responder.

Suspirou.

- Eu ainda não tô pronto pra ser pai.

A expressão do Kent mais velho se suavizou e ele se permitiu um risinho irônico.

- Devia ter pensado nisso meses atrás, filho.

- Eu nem imaginava que isso era uma possibilidade meses atrás.

- Aí você descuidou da proteção?

- Nem achei que precisasse.

O olhar de Jonathan ficou severo de novo.

- Pensei que tivesse te educado melhor do que isso.

Clark revirou os olhos e encarou o pai.

- Pai, eu sou imune a qualquer doença. Nem gripe eu consigo pegar. E eu sou de outro planeta, de outra espécie. Eu realmente não esperava que Lois ficasse grávida.

O Kent mais velho suavizou sua expressão.

- Uma surpresa, né? - voltou a ficar sério - É seu mesmo?

O Homem de Aço encarou ultrajado o pai.

- Claro que tenho certeza! Eu confio na minha esposa!

Jonathan o encarou com um olhar cético. Clark enrubesceu.

- E eu usei a visão de raio-x pra ver o bebê. É meu filho mesmo. Mas eu não tô preparado pra isso.

E voltou a esconder o rosto nas mãos. O Kent mais velho sorriu de novo e pôs a mão no ombro do mais novo.

- Nunca se está totalmente preparado pra isso, Clark.

Superman soltou outro som de lamúria.

- Você estava mais do que pronto quando eu caí na terra.

Jonathan deu de ombros apesar do filho não ver.

- Não tive muita escolha. Você despencou no meu quintal! Literalmente. Eu tinha de decidir rápido se ficava com você ou se chamava os federais. Eu me sentia várias coisas, menos preparado.

Clark o encarou novamente.

- Por que me acolheu então, pai, se você tinha opção?

O Kent mais velho sorriu com simplicidade.

- Vários motivos. Sua mãe não ia permitir que nós entregássemos um bebê indefeso para os federais, além do que ela estava doidinha pra ser mãe e a cegonha te arremessou no nosso quintal. Ela não ia te largar de jeito nenhum. Fora que - ele riu - você era bonitinho e rosadinho demais pra eu te dar pro governo.

- Como você conseguiu então se não estava preparado na hora?

- Filho, até agora eu não me sinto preparado. Não faço a menor idéia do que dizer pra você agora.

Clark riu.

- Não parece.

Jonathan riu também.

- Eu engano bem.

- Está fazendo um bom trabalho.

- Bom ouvir isso, mas continuo sem fazer a menor idéia do que dizer.

O Kent mais novo ficou em silêncio por alguns instantes.

- Como você consegue?

Foi a vez do Kent mais velho ficar em silêncio reflexivo por alguns momentos.

- Tem um momento indescritível quando você segura seu filho pela primeira vez que... Não sei explicar... Mas te faz sentir - ele riu - um Super-Homem. - os dois riram - Fora que tem vários outros momentos que... São mágicos... Valem ouro... Pra qualquer pai. Sua primeira palavra, mesmo que ela tenha sido "Mamãe". Os primeiros passinhos, as primeiras pedaladas na bicicleta sem rodinhas, o primeiro dia de aula, as apresentações, as formaturas, a primeira vez que você usou seus poderes depois que descobrimos que você tinha poderes. - ele riu - Cê lembra? Você foi me ajudar com o trator e acabou arremessando ele uns 100 metros!

Os dois riram.

- Eu lembro disso!

- Eu não sabia se ficava orgulhoso de você ou se arrancava os cabelos! - riu mais um pouco antes de continuar - São momentos assim que fazem você encarar o fato que você é pai mesmo sem ter a menor noção se o que você tá fazendo é o mais correto. Você vai tentando ao máximo aumentar o número desses momentos felizes, ampara o filho nos momentos tristes, e luta até o último suspiro pra fazer a coisa certa, mesmo sem saber qual é essa coisa certa.

Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes.

- Acha que posso ser um bom pai? - perguntou Clark incerto.

Jonathan Kent encarou seu filho com um olhar firme e sorriso sincero.

- Tenho certeza Clark.

Os dois trocaram um abraço.

- Valeu pai.

Pai e filho dividiram um sorriso.

- Agora vai voando pra casa, filho. Lois deve estar te esperando.

Os Kent se levantaram. Clark abraçou o pai novamente.

- Feliz dia dos Pais, pai.

Jonathan riu.

- Pra você também filho.

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Que acharam? çç ficou bom?

E pra quem não entendeu a piada com o Batsy, eu ironizei o fato que mesmo ele tendo uma SUPER-PRISÃO DE SEGURANÇA MÁXIMA os super-vilões ainda conseguem fugir dela xD

Super prisões de segurança máxima projetadas pelo Cebolinha: infalíveis xD

Agora, sobre o conto em si, pensei em fazer uma abordagem mais voltada pro lado humano do Clark o.o tipo, mesmo ele tendo super-poderes ele ainda fica inseguro diante de grandes questões como essa, e quem não ficaria? Kryptoniano ou não, o Homem de Aço não tem super-poderes pra lidar com a paternidade (quer dizer, até tem xD: ele podia voltar no tempo girando a terra e usar camisinha dessa vez. Mãs ele é bonzinho demais pra isso xD). Mais ou menos essa linha que eu queria seguir. 

Ficou bom? =D

xD

Feliz dia dos Pais e Au revoir o/

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